- História do Aquarismo
Você conhece a história da AQUARIOFILIA ?? Ainda não! Então vamos começar um breve conto que mostrará que o hobby de criar peixes não vem de agora e sim dos tempos primórdios.
Os peixes começaram a ser criados em cativeiro não como passatempo, mas por razões práticas, por serem uma fonte alimentar. A aquariofilia
tornou-se um passatempo quando, por curiosidade, se decidiu isolar
espécies de coloridos invulgares e reproduzi-los. Na China, os primeiros
aquariófilos começaram por criar ciprinídeos em quantidades enormes,
não apenas com cores mais vivas, mas também com adaptações específicas
no corpo e nas barbatanas. No século XVI, os coloridos ciprinídeos eram
introduzidos no Japão. Ao longo dos cem anos seguintes foram-se
espalhando pela Europa e por volta de 1900 o peixe-vermelho chegou à
América.
Os primeiros aquários e os aquários da modernidade:
Foi provavelmente no início do século XIX que surgiram os aquários que hoje conhecemos. Até então, só há registros de peixes criados, durante alguns anos, em frascos de vidro. O ponto decisivo deu-se em 1850, quando R. Harrington apresentou um relatório à Chemical Society de Londres, Inglaterra, descrevendo a forma de como conseguia manter com êxito um peixe dentro de um vidro. Ocaso despertou grande interesse e lançou a “aquariofilia” como um passatempo que se começou a se tornar muito popular.
Em 1852, a London Zoological Society, iniciou a construção do
primeiro aquário público, inaugurado no ano seguinte. Seguiu-se um
segundo nos Zoological Gardens de Surrey, também na Inglaterra, antes de
surgirem por toda a Europa grandes aquários públicos de água doce,
exibindo exemplares nunca vistos, admirados por filas intermináveis de
visitantes curiosos.
Os primeiros aquariófilos amadores mantinham apenas peixes
indígenas. Nas cidades costeiras, tentava-se a criação de espécies
marinhas, enquanto no interior praticamente todas as espécies de água
doce era mantidas em cativeiro. Embora os peixes de água doce fossem, em
geral, mais acessíveis e populares, os livros sobre peixes escritos na
época tratavam sobretudo de peixes marinhos de águas frias. Como não
havia tanques já prontos à venda, publicavam-se livros com instruções
detalhadas sobre como construir um aquário. Essas estruturas eram, em
geral, mais decorativas do que funcionais. Num dos modelos clássicos, a
parede da frente era de vidro e as outras de madeira.
Em pouco tempo, a aquariofilia transformou-se num desafio, não só à
imaginação do público como também à dos entusiastas interessados em
manter aquários cada vez mais ambiciosos. Em 1857, H. Noel Humphreys
publicou Jardins em Oceanos e Rios – História dos Aquários de
Água Doce e Salgada, onde afirmava: Um dia teremos aquários tropicais,
onde a temperatura e características dos mares dos trópicos serão
reproduzidas com êxito”.
Ele não só previu a invenção do aquecedor e do termostato, que
permitiriam expandir gradualmente a gama de criaturas possíveis de
manter num aquário, como foi, também, um dos primeiros a reconhecer a
importância da química na criação de peixes. Além disso, reconheceu um
princípio que ainda hoje é, muitas vezes, ignorado pelos aquariófilos: O
GRANDE NUMERO DE PEIXES EM UM PEQUENO ESPAÇO DENTRO DO AQUÁRIO.
Embora o seu interessante tanque não parecesse lotado, ele veio a
descobrir que ultrapassara o limite de ocupação e que as criaturas não
conseguiam adaptar-se a viver numa área de dois centímetros quadrados
para cada indivíduo.
O aquecimento, a iluminação e o sistema de filtragem foram
gradualmente introduzidos, embora de início fossem muito rudimentares.
Muitos dos primeiros tanques tinham o fundo em ardósia e eram aquecidos
por baixo através de um pequeno queimador. Com o aparecimento de
aquecedores e termostatos mais sofisticados, os aquários passaram a ser
construídos com vidro e uma estrutura metálica.
À medida que o equipamento se desenvolvia e melhorava, os criadores começaram a procurar variedades diferentes de peixes.
As pessoas começaram a cansar-se das espécies indígenas, pouco
interessantes, normalmente disponíveis. Um dos raros peixes não locais
mencionados nos primeiros livros sobre aquários é o peixe-vermelho: uma
publicação norte-americana de 1858 e uma obra inglesa datada de 1890
notam que, embora considerado uma espécie de água fria, o peixe-vermelho
ocorre nos climas quentes e sobrevive a uma temperatura de 27 ºC. O
interesse pelos aquários reacendeu-se com a introdução dos coloridos
peixes tropicais, como o peixe-paraíso, que se popularizou na Alemanha
por volta de 1876 e de que há registo na Inglaterra em 1890. Desde
então, a aquariofilia não parou de se desenvolver. Surgiram sociedades
aquáticas, organizaram-se exposições e concursos. Esses eventos
angariavam novos entusiastas e o passatempo foi florescendo, mesmo
durante os anos austeros da Segunda Guerra Mundial. Nessa altura, era
impossível manter aquários de água salgada, visto que esta corroía as
estruturas metálicas, produzindo toxinas fatais para as espécies
marinhas.
Já nos dias atuais, o acrílico muitas vezes já substitui o vidro
normal dos aquários, os tornando mais resistentes e até estéticamente
mais bonitos.
Agora também já temos uma estrutura mais adequada para a criação de
aquários marinhos, onde a estrutura é mais esecífica onde não se
contamina o aquário e nem os seus habitantes devido à tal toxina
liberada pelos sais.
Além disso tudo hoje em dia é possível obter conhecimento de como fazer
uma boa criação e de tudo o que precisamos, desde um aquecedor até um
medicamento que antigamente não era conhecido. Com os estudos atuais,
podemos desenvolver esse hobby de tal maneira que ficará para a história
da humanidade.
O que ainda fica é que muitas pessoas consideram o aquarismo com
uma forma de extinção para peixes raros, o que no meu ponto de vista
isso não é correto afirmar. Para mim hoje em dia nós deveríamos
agradecer aos aquaristas por salvarem as espécies que poderá entrar em extinção daqui uns anos.
Com a evolução e a devida exposição do aquarismo
nós podemos dizer que somos salvadores da natureza, pois hoje podemos
obter boas maneiras de como criar um meio adequado à cada tipo de peixe
que quisermos criar.
O que precisamos fazer é demonstrar para essas pessoas que de
maneira nenhuma estamos devastando as espécies e sim dando uma
oportunidade para que se reproduzam e que se salvem por si só.
Por isso sempre digo que o aquarismo não é um simples hobby, não é
apenas colocar um peixinho dentro de um vidro para ser visto por outras
pessoas. Não! O aquarismo é sim um hobby só que
mais que isso, é uma paixão. É você pegar um peixe e criar um habitat
para ele, é você se dedicar, é amar, é sinceramente se entregar de corpo
e alma para obter o necessário que possa precisar. É estudar, é passar
noites em claro pesquisando, é doar-se inteiramente para um hobby que
daqui uns anos será visto como salvação.
Se você é aquarista de coração, não se intimide se alguém
disser que esta acabando com a liberdade de um ser. Erga a cabeça e
responda que daqui uns anos quando o homem acabar com a nossa natureza,
que será esse aquário que provavelmente seus filhos ou netos poderão
conhecer. Que será esse aquário que terá salvado espécies, e terá feito
reprodução de muitas delas que provavelmente não existirão mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário